segunda-feira, 27 de maio de 2013



Vereadores Mirins pedem melhorias


A sessão ordinária da câmara mirim desta segunda feira, (27/05), foi marcada por reivindicações. Os vereadores mirins usaram a tribuna para manifestar suas  insatisfações. Os alunos pediram melhorias nas quadras esportivas, reposição de materiais para aulas de educação física e a instalação de condicionadores de ar, comprados pela própria comunidade, mas que aguardam técnicos para instalação.
A presidente da câmara mirim, Greice Gabrieli Martins, cobrou da prefeitura a reforma da quadra esportiva da escola Oswaldo Cabral, no bairro Itaum. Interditada em 2010 pela vigilância sanitária diante da infestação de pombos, o executivo municipal instalou redes de proteção. A ação fez a vigilância sanitária desinterditar a área, porém, com a deterioração da rede protetora os pombos voltaram a fazer ninhos. O local foi novamente interditado e os alunos impedidos de usar a quadra esportiva. A vereadora mostrou imagens e pediu uma solução definitiva para a situação.

O vereador Gabriel da Cunha também cobrou ação do município para três moções. A primeira delas pede a reforma da quadra de esportes da escola Saul Santana, no bairro Jarivatuba. O espaço, segundo ele, está precário. A segunda indicação quer a compra de materiais para a prática de esportes. Como exemplo, citou que a escola dispõe de bolas para as aulas de educação física, mas não tem bomba de ar para enchê-las. A última moção do vereador mirim trata da instalação de equipamentos de ar condicionado. Associação de Pais e alunos comprou os aparelhos, mas espera há meses, decisão da secretaria de educação para contratar técnicos, a fim de realizar a instalação.

A sessão teve ainda, a diplomação e juramento de uma nova integrante. Os vereadores mirins deram boas vindas à vereadora Carolaine Rafaela Rocha, eleita pelos alunos da escola Maria Berezoski no Jardim Paraíso. Ela assumiu a cadeira nesta segunda feira. A terceira suplente entrou na vaga deixada por Gisele da Cruz que pediu afastamento.

A quarta reunião ordinária dos vereadores mirins está marcada para o dia 24 de junho.



terça-feira, 16 de novembro de 2010

COMPROMISSO COM UMA CIDADE

     Recentemente, atravessei a divisa com o Rio Grande do Sul. Há tempos não cruzava o estado vizinho. Impressionou-me a maneira com que o poder público trata o tema acesso viário nas cidades gaúchas. Para começar, o acesso a Porto Alegre pela free way, quatro vias com sinalizações impecáveis. É um espetáculo de segurança e tranquilidade. Logo à frente, no acesso aos municípios de Canoas, São Leopoldo e Novo Hanburgo, os viadutos imponentes, que, além de serem facilitadores para o fluxo de veículos, permitem o contraste com a modernidade das grandes cidades.
     Não pude deixar de perceber que, além dos veículos, existe uma preocupação evidente com a integridade fisica dos cidadãos. Basta observar logo acima as inúmeras passarelas existentes sobre as velozes avenidas. Sem deixar escapar nenhum detalhe, chamou-me  a atenção uma divisória por toda a extensão da via, construída em concreto, cuja finalidade é isolar o espaço destinado ao trem - ou, para ser mais moderno, o metrô de superfície. Segurança absoluta para os cidadãos gaúchos. Enquanto isso acontece do lado de lá, vejo o descaso do lado de cá e a sensação de que estamos na idade da pedra.
     Como joinvilense que sou, posso argumentar com muita tranqüiidade sem correr o risco de ser aconselhado a voltar à minha terra natal, já que não estaria satisfeito aqui. Penso que o próximo candidato pretendente ao cargo de prefeito de Joinville precisa estar em sintonia com o pensamento de uma modernização do sistema viário do município. E quando me refiro à modernização, aponto a construção de viadutos, de uma ponte ligando Ademar Garcia e Boa Vista, de corredores exclusivos, de ciclovias, calçadas que possibibilitem aos pedestres segurança e acessibilidade, a continuidade dos programas de pavimentação e o compromisso de lutar pela eliminação da atual linha férrea da zona sul da cidade onde crianças ja foram mutiladas e mortas.
     O administrador que não estiver em sintonia com os anseios do povo não pode merecer o voto do cidadão joinvilense. Viadutos ou elevados, por exemplo, fazem parte de um contexto de modernização. Chega de gente que trata Joinville como uma cidade provinciana, interiorana, com cultura de cidadezinha pequena. Somos uma cidade com mais de quinhentos mil habitantes! Ou elegemos pessoas comprometidas com a grandeza da cidade ou entraremos num marasmo e retrocesso - se é que já não estamos.
     Prefeitos que querem deixar Joinville com ares das pacatas e bucólicas cidades européias precisam rever seus conceitos, afinal aqui é o Brasil. Aqui temos violência porque as leis, na sua maioria, não punem. Aqui, poucos tem coragem de utilizar bicicletas no dia à dia, porque os motoristas não respeitam sinais de preferência, não respeitam a sinalização, as faixas. Aqui a média da frota veicular é antiga, lenta e ultrapassada.
     Argumentar que viadutos vão ferir o visual da cidade, que elevados vão tirar o ar bucólico do lugar é um desserviço ao bem comum. São pensamentos e pessoas descompromissadas com os anseios de uma população que suplica por soluções práticas e que está cansada dos discursos demagógicos. O futuro administrador da maior cidade catarinense deve olhar para frente, ser um visionário, audacioso, moderno e tratar Joinville como metrópole e não como cidade provinciana.

Adilson Corrêa

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

VÍTIMAS EM DUAS RODAS

       
        É literalmente uma guerra. O trânsito para quem conduz veículos de duas rodas, se tornou um campo de batalha. Desde que os Estados Unidos da América invadiu o Iraque em 2003, os norte americanos tem perdido em média 2 soldados por dia. No Brasil, 18 motoqueiros morrem todos os dias, vítimas de acidentes no trânsito. E os números poderiam ser maiores se os dados levassem em conta pessoas que perderam a vida em tratamentos nos hospitais ou que ficaram com seqüelas irreversíveis.
        Uma disputa inconseqüente pelo espaço nas estradas. Basta observar nas pistas de rolamento o vai e vem de motos entre carros, caminhões e ônibus. Uma frota em desenfreada correria, para muitos, fora de controle. E nada indica que o crescimento da frota de motocicletas irá diminuir. Pelo contrário, o desejo de independência e economia influenciam cidadãos a optar pela compra deste tipo de veículo. É uma maneira prática de ir de casa para o trabalho, por exemplo.
        Jeferson Terres, vive na pele este drama. Na noite de 13 de novembro, ele fazia este mesmo percurso, saía de casa para o trabalho. Trafegava com sua motocicleta pela rua Minas Gerais no bairro Morro do meio, quando sofreu um grave acidente. Praticamente imobilizado no leito do hospital São José em Joinville, hastes perfuram seus ossos em braços e pernas. A situação é desconfortável mas faz parte da recuperação. O equipamento é usado para fixar os ossos partidos com o impacto da colisão.
        Acidentes como o que aconteceu com Jeferson, causam muitos prejuízos. Pessoal e financeiro. Para o sistema único de saúde os gastos são enormes. Na maioria das vezes os traumas comprometem estruturas importantes do corpo humano. Quase a metade das lesões na medula óssea tratadas no país ocorre em motociclistas. O tratamento custa, em média, R$ 60 mil reais; e a recuperação da área atingida é lenta, muitas vezes as sequelas são irreversíveis. Só uma diária na unidade de terapia intensiva de um hospital tem um custo aproximado de R$ 7 mil.
        Se não dá para prever uma mudança neste quadro, é preciso que motoristas e motociclistas encontrem um modo de conviver em harmonia. E que os condutores valorizem a vida e respeitem as regras de trânsito.
        Para contribuir com esta conscientização, o hospital São José mantém o programa “Pense Primeiro”. O projeto trazido do Canadá em 2000, pelo médico Marcelo Prates, tem como objetivo conscientizar adolescentes para a prevenção de acidentes nas estradas, principalmente de motocicletas, as maiores vítimas de traumas. As visitas ao pronto socorro e nas alas de politraumatizados do maior hospital público em atendimentos do estado de Santa Catarina, são impactantes. Como forma de estimular o pensamento, nada melhor que vivenciar a realidade nua e crua da guerra no trânsito.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A realidade das Regionais em Joinville


As Secretarias Regionais deveriam ser símbolos da democracia. Estão nas bases eleitorais, pulverizadas em regiões, próximas do povo, de cada comunidade. Deveriam ser importantes braços do poder público; com autonomia, com capacidade de resolver os problemas. Mas a realidade da maioria das regionais em joinville está longe deste ideal.
No bairro fátima, uma secretaria criada para acomodar pessoas. Eram mais de 40 funcionários, apenas uma servidora de carreira. No paranaguamirim teoricamente a manutenção de maquinários e a compra de equipamentos eram realizados constantemente, os gastos faziam parte da planilha, mas na prática, tratores com defeitos e equipamentos de trabalho sem nenhuma condição de uso. No Aventureiro, Itaum, Nova Brasilia, Jardim Paraíso, Vila Nova e Pirabeiraba as regionais foram entregues aos seus sucessores com pouco ou quase nada em suprimentos. E o pior, a herança da falta de serviço público trouxe tambem a revolta de muitos moradores.
A população do bairro Boa Vista encontra a regional na associação de moradores, é ali que está improvisado o atendimento. Um local apertado. Sem recursos materiais e com o que podemos chamar de um certo "apartheid". Servidores operacionais não convivem com funcionários da área administrativa. É assim que funciona também a regional do Iririú.
Na frente da Arena, a regional Centro se limita a trabalhos inesprecivos. Com seis funcionários operacionais as respostas às solicitações dos contribuintes são lentas.
Na contramão da triste realidade, estão as regionais do Boehmerwaldt, Costa e Silva e Comasa. As três secretarias, dispõe de um número razoável de funcionários, maquinários, suprimentos e boa estrutura física.
A visita deste repórter a cada uma das regionais de Joinville, apresentou a necessidade urgente de se rever a verdadeira vocação das secretarias, que em suma, é de fortalecer e desenvolver a comunidade onde ela está inserida, promover cidadania, bem-estar e oportunizar o equilíbrio entre as classes sociais. Para tanto, é imprecindível organizar e acima de tudo executar.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A fonte da noticia.

A informação é o bem mais precioso dos órgãos de imprensa. Com o crescimento acelerado da era digital vimos acender a rapidez e a agilidade com que a noticia se revela, se transforma e se processa a todo instante e num curto espaço de tempo. Certamente este é um dos motivos pelo incremento e modernização cada vez maiores das redações nos meios de comunicação. Os profissionais encarregados de buscar a notícia criam uma concorrência entre si, uma corrida salutar pela matéria extraordinária. Essa prática que é comum entre profissionais dos mais diferentes cargos e empresas não difere no ramo jornalístico, melhor assim, saem ganhando ouvintes, leitores e telespectadores. Todavia, o ser humano indiferente de seu posto, cargo ou condição, deve sempre ser pautado pela ética. O antigo professor de ética, Fernando Savater escreveu um dia que “a ética é como a geléia real: cura tudo, mas é caríssima”.

O bom jornalista, o compenetrado e comprometido profissional do rádio, da televisão ou do jornal; essencialmente. Olha-se pela janela quando deveria se olhar também para o espelho. A falta de ética que os comentaristas, os repórteres, os apresentadores ou os editores criticam e cobram dos políticos, das pessoas, das relações interpessoais não são diversos na área jornalística.

O preâmbulo se justifica quando na quinta feira se observou uma informação postada no site do JEC e que foi utilizada como subsídio à grande maioria dos profissionais de comunicação da cidade. A equipe de esportes da Radio Globo de Joinville com o intuito e a missão de confirmar o fato narrado na página eletrônica do clube, manteve contato telefônico com o diretor de competições da CBF Virgílio Elísio e a partir desta, outro rumo se deu a noticia veiculada até então pelos demais órgãos da mídia. O chamado “furo de reportagem” foi imediatamente compilado com a devida identificação da fonte produtora pelo apresentador Enio Alexandre da RIC Record de televisão, assim como, repercutido no dia posterior com o devido crédito à fonte, pelo Jornal “A Noticia” e “Clicrbs on line” do Grupo RBS. A mesma atitude não se evidenciou a reportagem exibida na pagina 19 do Jornal “Noticias do Dia” assinada pelo repórter Rafael Alonso.

O fato gera mal estar e chama atenção, já que a linha de raciocínio e base informativa delineada na matéria, inclusive com trechos do diálogo do dirigente com a equipe esportiva são mencionados sem nenhuma referência ao trabalho dos profissionais da emissora. Não há aqui nenhuma intenção de repreenda e nem poderia, apenas fica o protesto desde órgão de comunicação. A concessão dos créditos à fonte produtora da noticia é imprescindível, haja vista, ser a informação o bem mais precioso de quem dela se aporta.


Adilson Correa
Coord. Artístico e Jornalismo
Radio Globo Joinville