segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A realidade das Regionais em Joinville


As Secretarias Regionais deveriam ser símbolos da democracia. Estão nas bases eleitorais, pulverizadas em regiões, próximas do povo, de cada comunidade. Deveriam ser importantes braços do poder público; com autonomia, com capacidade de resolver os problemas. Mas a realidade da maioria das regionais em joinville está longe deste ideal.
No bairro fátima, uma secretaria criada para acomodar pessoas. Eram mais de 40 funcionários, apenas uma servidora de carreira. No paranaguamirim teoricamente a manutenção de maquinários e a compra de equipamentos eram realizados constantemente, os gastos faziam parte da planilha, mas na prática, tratores com defeitos e equipamentos de trabalho sem nenhuma condição de uso. No Aventureiro, Itaum, Nova Brasilia, Jardim Paraíso, Vila Nova e Pirabeiraba as regionais foram entregues aos seus sucessores com pouco ou quase nada em suprimentos. E o pior, a herança da falta de serviço público trouxe tambem a revolta de muitos moradores.
A população do bairro Boa Vista encontra a regional na associação de moradores, é ali que está improvisado o atendimento. Um local apertado. Sem recursos materiais e com o que podemos chamar de um certo "apartheid". Servidores operacionais não convivem com funcionários da área administrativa. É assim que funciona também a regional do Iririú.
Na frente da Arena, a regional Centro se limita a trabalhos inesprecivos. Com seis funcionários operacionais as respostas às solicitações dos contribuintes são lentas.
Na contramão da triste realidade, estão as regionais do Boehmerwaldt, Costa e Silva e Comasa. As três secretarias, dispõe de um número razoável de funcionários, maquinários, suprimentos e boa estrutura física.
A visita deste repórter a cada uma das regionais de Joinville, apresentou a necessidade urgente de se rever a verdadeira vocação das secretarias, que em suma, é de fortalecer e desenvolver a comunidade onde ela está inserida, promover cidadania, bem-estar e oportunizar o equilíbrio entre as classes sociais. Para tanto, é imprecindível organizar e acima de tudo executar.

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